domingo, 5 de dezembro de 2010

RECALQUE, RESISTÊNCIA E REPRESSÃO

  Neste trabalho iremos nos basear em argumentos de dois pensadores da psicanálise, o próprio fundador e Kusnetzoff para tentarmos demonstrar as diferenças entre recalque, resistência e repressão, com a finalidade didática de tornar mais clara essas definições em suas diferenças conceituais.
 Recalque segundo nos auxilia Kusnetzoff (1982) foi o primeiro grande mecanismo investigado pelo autor da Psicanálise, dando um papel primordial a este mecanismo na elaboração das neuroses, definindo-o como um ato de despejo do nível consciente da representação ligada à pulsão.
Segundo Freud (1923) repressão é o “estado em que as idéias existiam antes de se tornarem conscientes” (p. 28). E resistência é “a força que instituiu a repressão e a mantém. (p.28). Sendo, destarte três processos que se complementam na função de manter o ideal de bela alma do ideal de Ego, havendo o impedimento de algumas idéias surgirem na consciência.
Freud (1923) obtém o conceito de inconsciente a partir da teoria da repressão, configurando-se dois inconscientes: um latente, porém capaz de tornar-se consciente, e outro que é o reprimido e não é, “em si próprio e sem mais trabalho, capaz de tornar-se consciente”. (p.28). Sendo o reprimido “o protótipo do inconsciente”. (p.28). Destarte há que se pensar este mecanismo de defesa, a força que o mantém e o produto destes como a matéria prima de trabalho do alquimista, ou seja, do clínico no fazer psicanalítico.

BIBLIOGRAFIA
FREUD, Sigmund, 1856-1939. Obras psicológicas completas, edição Standart Brasileira. O Ego e o Id e outros trabalhos. vol. XIX. 1923-1925.
KUSNETZOFF, Juan Carlos. Introdução à Psicopatologia Psicanalítica. Ed.: Nova Fronteira. Coleção: Logos. Ano: 1982 - 11ª Impressão

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